A sede da OAB do Rio de Janeiro reviveu hoje o atentado do passado da época da Ditadura Civil Militar, quando a secretária Lyda Monteiro da Silva, aos 60 anos de idade, abrindo uma correspondência foi vitimada por uma carta-bomba em 27 de agosto de 1980, vindo ao óbito pela explosão. Vale lembrar que o artefato era endereçado à Eduardo Seabra Fagundes, presidente do Conselho Federal na época.
Novamente o ato se repete, com a tentativa frustrada contra o ex-presidente da seccional do Rio de Janeiro e conselheiro Federal, Wadih Damous, que recebeu ameça via telefone, antes da explosão de um artefato na sede Sobral Pinto.
Não obstante, a OAB/RJ vem tendo um importante papel na Campanha da Memória e Verdade, desde a administração do ex-presidente Wadih Damus. Desta forma, o episódio de atentado em pleno regime democrático, em que se instaura a Comissão da Verdade, serve para suscitar que abertura dos arquivos da época da Ditadura causa bastante incômodo aos agentes das práticas de tortura e tantos outros crimes.
Assim, em nota oficial a OAB/RJ esclarece:
1. Hoje, por volta das 15h50, um artefato, lançado das escadas entre o 8ª e o 9ª andar no prédio localizado à Avenida Marechal Câmara, 150, Centro, explodiu, sem causar danos ou ferimentos em qualquer dos funcionários da seccional fluminense da Ordem.
2. Logo em seguida, o presidente da seccional fluminense, Felipe Santa Cruz, recebeu um telefonema do comando o Corpo de Bombeiros avisando que havia recebido uma denúncia sobre a existência de três bombas que teriam sido "plantadas" na sede da OAB/RJ.
3. Por orientação dos bombeiros, o presidente da OAB/RJ recomendou que os funcionários abandonassem o prédio à espera da chegada do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
4. Os fatos serão investigados pela Delegacia Anti Bombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
5. A OAB/RJ aguarda a análise técnica do artefato e a investigação para se pronunciar.
Felipe Santa Cruz
Presidente da OAB/RJ
Fonte: redação da Tribuna do Advogado
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