quinta-feira, 27 de setembro de 2012

As delícias geladas... SORVETE ALEX !!!


A tradicional Sorveteria Artesanal desde de 1977, conhecida por Sorvete Alex, ultrapassou aos modismos e tentativas de sofisticação do mercado de consumo alimentício, mas continua a mesma. Sua fabricação permanece com a matéria-prima natural das frutas, muito antes do modismo da alimentação natural.


Vindo da China com sua cultura milenar, o sorvete, continua sendo muito apreciado no mundo inteiro. Ainda mais, num país tropical e sortido de frutas como nosso.

Lembro-me do café da manhã das crianças com "milk shake", tão fácil, bastava bater duas bolas de chocolate, creme, morango ou flocos, acrescidas de uma medida de leite e eles adoravam. 

Nas noites de verão, a boa pedida era um "frozen" de sorvete de limão ou  cupuaçu, batido com "vodka" ou "Run". Até os "drinks"  podem ser de sorvete, batidas de sorvete de amendoim, coco, maracujá ou manga com cachaça. 

São vários sabores que propiciam desde a mais simples sobremesa até a mais elaborada para servir num almoço ou jantar das datas especiais. 


Gosto muito da sobremesa Romeu e Julieta, em que se pode derreter a goiabada e acrescentar uma bola de sorvete de queijo. Assim como, fritar uma banana fatiada ao meio, acrescentar calda de caramelo e uma bola de sorvete de canela. A torta de chocolate servida com o sorvete de pistache; o queijo brie derretido com uma bola de sorvete de damasco. Fatias finas de queijo minas com bola de sorvete de café. Doce de abóbora com uma bola de sorvete de coco queimado. Frutas em compotas com sorvete, pêssego com uma bola de nata; goiaba com uma bola de tapioca; figo com uma bola de crocante... E, então existe uma variedade de criações.

Petit Gateau com Sorvete

Romeu e Julieta com sorvete de queijo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sistema Judiciário: Um "Poder" sem precedentes...


A nossa organização política de Estado é Republicana, constituída por três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), os quais são plenos e totalmente independentes, conforme prevê nossa Constituição Federal. Esse conceito surge através da teoria de Montesquieu em "O Espírito das Leis", lá no século XVII por influência do Iluminismo. 

Ressalto a questão do Poder Judiciário que tem a principal função de proteger a Constituição Federal, bem como o cumprimento de fazer valer a lei no caso concreto. Muito embora, fazer valer a lei, nem sempre tem a ver com fazer justiça.

Assim, todos estão igualmente submetidos à força da lei, cabendo ao Judiciário como representante do Estado, a competência para analisar e julgar todos os casos levados à sua apreciação, não esquecendo do Princípio Fundamental do Contraditório, a corriqueira expressão latina "In dubio pro reo" em que todos tem o seu direito de defesa garantido e no caso de dúvida deve-se julgar a favor do réu. Da mesma forma, que cabe ao autor, seja o Ministério Público, o ônus da prova.

No entanto, temos visto o Judiciário ultrapassar suas funções e invadir as funções do Poder Legislativo, legislando de forma em atender os interesses contrários aos que buscam na Justiça o verdadeiro direito lesado. 

Não é incomum, a deficiência em exercer o contraditório em se tratando de condenações por meros indícios, por ausência probatória quando se tem a pressão da mídia distorcendo fatos e condenando inocentes por represália aos interesses dos dominantes.

Outra questão, que me causa bastante estarrecimento como operadora de direito são as indenizações proferidas pelo judiciário, em causas consumeristas, que servem apenas para justificar a lesão ao consumidor. Grandes empresas preferem pagar a título simbólico, quantias irrisórias e permanecer se locupletando as custas da hipossuficiência do consumidor. 

Sem contar no âmbito sócio-econômico das questões de família, aonde a mulher e os filhos são abertamente lesados e o homem dono da possibilidade financeira é chancelado por um judiciário, ainda arraigado ao modelo patriarcal. Matéria inclusive, que postarei para frente, dado aos exemplos vividos em minha experiência profissional.

Vale ainda, salientar que chegar até última Instância é um privilégio dos que detém poder financeiro. Pois, as custas são altíssimas, o que torna inviável aos que procuram na justiça seus direitos e não são beneficiados com a gratuidade.

Contudo, aproveito aqui para citar a matéria intitulada de "O judiciário a serviço de quem ?" e publicada em 19/09/2012 no Jornal do Brasil, escrita pelo Desembargador Siro Darlan, aonde chamou-me atenção algumas questões de extrema relevância que apontam um Sistema  Judiciário com um "Poder" sem precedentes. 

"O Judiciário a serviço de quem ? 

Por Siro Darlan*
Enquanto muitos estão vibrando com os resultados parciais do julgamento do mensalão, o Judiciário brasileiro continua mergulhado numa crise sem precedentes. Cresce a demanda de justiça com os novos ventos da democracia e exige-se que um Judiciário dominado por regras aristocráticas dê conta dos anseios de uma sociedade democrata. “A prestação jurisdicional deve ser encarada como autêntico serviço público, que não pode servir de instrumento para proveito pessoal ou coletivo de seus operadores. E somente os méritos dos princípios democráticos poderão garantir a plena realização dos valores éticos na administração dos serviços judiciários” (Juízes para a Democracia).

Aproxima-se a data de mais uma eleição no Tribunal de Justiça do Rio. Repetir-se-á a fórmula da troca de cetros de um para outro herdeiro do trono por força de uma legislação escrita pela e para a ditadura. Num colégio eleitoral de quase mil magistrados somente os 180 desembargadores terão direito a voto, enquanto apenas os cinco mais antigos poderão se candidatar a ocupar os cinco cargos da administração. Diante dessa regra absoluta e canhestra não haverá eleição e, sim, mera homologação dos cinco nomes que não concorrerão com ninguém.

Ora, se eleição, que vem do latim electio, e que significa escolher, selecionar, o que acontecerá no final de ano será tudo menos uma eleição nos termos do que determina a Lei Orgânica da Magistratura e o que deseja uma sociedade democrática. É maior ainda a decepção dos magistrados que, além de não poderem votar para presidente de seu Tribunal, ainda terão que se conformar com uma chapa única oficial, que continuará tratando de seus negócios pessoais sem se voltar para o verdadeiro interesse público, que seria o fortalecimento da primeira instância, local onde a Justiça acontece de verdade."

* Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é membro da Associação Juízes para a Democracia. - sdarlan@tjrj.jus.br

Fonte: http://www.jb.com.br


sábado, 22 de setembro de 2012

Arte visual de Gina e Ivonesio Ramos

Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, que tem o mar e a montanha na mais perfeita arquitetura, a famosa Ipanema cantada por Tom em versos do nosso Vinícius, traz também a tradicional Feira Hipe, logo ali, na Praça General Osório, aonde os transeuntes passam rapidamente durante a semana em busca do Metrô para chegar ao seu destino, aos finais de semana pessoas coloridas saem do túnel para desfrutar da bela praia, aquela mesmo, em que a Garota de Ipanema no seu gingado encantou nosso saudoso Poetinha. 

E, foi num belo domingo de primavera que Helena e eu, fomos passear pela Feira Hipe e assim, nos deparamos com Gina e Ivonesio


Lá na tradicional Feira Hipe, encontramos a arte, neste casal sem limites em expor os sentimentos em obras magnificas, da natureza morta ao neo-concretismo, Gina Ramos e Ivonesio Ramos

Não sou crítica de arte e tampouco, me importo com isso, apenas a arte me faz sentir. Observando atentamente as telas coloridas de Gina, com as flores num colorido intenso, me fez crer que a beleza ainda é possível, e se isso me trouxe alguma emoção, para mim é Arte. 




Nesta tela lilás em hortências, lembro-me da minha mãe, que apesar de ter a graça, Hortência, é suave como as pinceladas em tom pastel e bela como o degradé das misturas violetas. Nesta outra das uvas, recordo-me quando criança de um desenho dela em lápis-de-cor em que lá está novamente o tom das violetas. Se isso, causa regozijo a minha alma é a mais pura Arte.


Nesta obra com as engrenagem do tempo, reflito como o nosso tempo é abstrato e inexistente, eis que na tentativa sequencial de Chronos em marcar o tempo, nada é eterno, somente a Arte. O tempo está ali, cadenciado, e vem a angústia da finitude. Reflito ainda, pelas engrenagens a questão da falta de tempo, cujos planos e projetos de vida, muitas vezes encontram-se esvaídos. E, nesse moto-contínuo lembro-me do Cotidiano cantado por Chico Buarque que nos paralisa os sonhos.  


Ah ! Mas, como pensar num tempo irreal, se ainda temos uma revolução a nossa espera... Ora ! A Arte na sua grandeza é assim, saio da angústia para adentrar nos meandros da emoção mais otimista de luta por um outro mundo, e para isso, preciso que o tempo de estenda na esperança de ter tempo para um mundo que está por vir.


Vou para casa guardar todas as emoções e reflexões vividas nesta tarde de domingo, por Gina e Ivonesio. Principalmente, o Amor, já que a dupla concretiza 42 anos de união, num mundo tão líquido em que os casamentos evaporam...


Fonte das obras: https://www.facebook.com/ivonesio.ramos
Mapa: https://maps.google.com.br/maps/ms?client=firefox-a&ie=UTF8&oe=UTF8&msa=0&msid=110755829133376993620.000455c1b6c1c87fdfac0

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Do Fogo à Luz - Um Encontro com a Tortura (Pedro Hidalgo)


Lançamento do Livro



Do Fogo à Luz - Encontro com a Tortura de Pedro Hidalgo

Relatando as memórias do engenheiro chileno como preso político da ditadura de Pinochet

 Lançamento:

Dia: 26 de setembro de 2012, quarta-feira.

Horário: 19h .

Local:
Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB– RJ)
Av. Marechal Câmara, 150 - 4º andar – Plenária José Lins e Silva


Será lançado dia 26 de setembro, quarta-feira, na sede da OAB-RJ, e distribuído gratuitamente, o livro "Do Fogo à Luz", de autoria do Engenheiro Agrônomo Pedro Hidalgo, Ex-ministro da Agricultura responsável pela Reforma Agrária no governo Salvador Allende e também ex-preso político na ditadura chilena de Pinochet.

Editado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ), com prefácio de Plínio de Arruda Sampaio, o texto inédito relata as memórias de Hidalgo como preso político em Santiago sob o domínio do ditador que liderou, durante 17 anos, um governo sangrento que deixou milhares de vítimas de prisão, tortura, morte e desaparecimento.

Pedro Hidalgo traz, em um texto contundente, um registro denso de graves violações de direitos humanos durante regime do general Augusto Pinochet e a luta de sua família para resgatá-lo das mãos da repressão política. O relato é de grande contribuição para o momento que vivemos no Brasil e é um estímulo para a consolidação da Comissão da Verdade, que se propõe a lançar luzes sobre nosso passado.

O conteúdo do livro deve ser motivo de reflexão e de exame para o resgate do conturbado processo que vive a América Latina na luta pela democratização do continente. Não podemos mudar o passado, mas o conhecimento histórico da América, como um todo e em suas particularidades durante este período sangrento, nos permitirá fazer escolhas futuras que assegurem as conquistas de estados soberanos e a negação de toda e qualquer forma de relação totalitária de convivência.

O lugar escolhido pelo SENGE-RJ para lançar “Do Fogo à Luz” não foi aleatório. A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) se destaca por suas contribuições históricas em defesa da democracia, por sua incansável vigília pela liberdade de expressão e pela defensa dos direitos humanos. A OAB-RJ esteve ao lado do povo brasileiro na luta pelo fim da ditadura militar e pela anistia; criou e colocou no ar a campanha pela Memória e pela Verdade; criou a sua própria Comissão da Verdade, para ajudar a Nacional, procurando investigar os crimes de tortura, desaparecimento e prisões ilegais com apoio do Judiciário; deflagrou a campanha pelo tombamento dos principais locais usados no Rio de Janeiro para a tortura de presos na ditadura pós 1964, com sua
posterior transformação em centros de cultura, debates e resgate da memória histórica.

Lançamento:

Dia: 26 de setembro de 2012, quarta-feira.

Horário: 19h às 22h.

Local:
Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB– RJ)
Av. Marechal Câmara, 150 - 4º andar – Plenária José Lins e Silva
Fonte: Rubem Corveto

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Seminário "Votar Legal" na ABI


Votar Legal
Por  Mário Augusto Jakobskind 




A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) irá realizar no dia 21 de setembro, o Seminário “Votar Legal”, um evento com entrada livre e gratuita. A promoção é da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI


O Seminário “Votar Legal” tem como finalidade provocar um debate para auxiliar a tomada de consciência do eleitor no ato de escolher seus representantes. Para garantir a busca pela qualidade mo exercício do voto, o encontro vai oferecer um espaço para a troca de dados e opiniões sobre os processos eleitorais e sua repercussão no dia a dia do País.

A programação se estenderá das 9h às 20h, no auditório do 7º andar da sede da ABI (Rua Araújo Porto Alegre, 71, 7º andar, Centro. Tel. 22821292).

PROGRAMA

1ª Plenária

Tema: Ficha Limpa - Horário: 9h às 11h

 Debatedores:

- Maurício Azêdo (Presidente da ABI)

- Margarida Pressburger (Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB e integrante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU)

- Maurício Ribeiro (Procurador-Chefe do Ministério Público Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro)

Mediador: Arcírio Gouvêa Neto (Jornalista, Secretário da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa da ABI)

2ª Plenária

Tema: Financiamento de Campanha - Horário: 11h às 13h

Debatedores:

- Chico Otávio (Jornalista do Jornal O Globo)

- Paulo Ramos (Deputado Estadual – PDT/RJ)

- Paulo Passarinho (Radialista e Economista)

Mediador: Mário Augusto Jakobskind (Jornalista, Presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI)

Horário: de 13h às 14h intervalo para almoço

3ª Plenária

Tema: Reforma Eleitoral - Horário: 14h às 16h

Debatedores:

- César Romero Jacob (Cientista político e professor da PUC)

- Milton Temer (Jornalista político)

- Susana Blass (Presidente do Sindicato dos Jornalistas dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro)

Mediador: Vitor Iório (Professor da UFRJ e membro da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI)

4ª Plenária

Tema: Voto Nulo e Descrédito do Eleitor - Horário: 16h às 18h

Debatedores:

- Modesto da Silveira (Jornalista, advogado e membro da Comissão de Ética Pública da Presidência da República)

- Carlos Heitor Cony (Jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras)

- André Fernandes (Diretor da Agência de Notícias das Favelas)

Mediador: Alcyr Cavalcanti (Repórter-Fotográfico, Integrante da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI)

5ª Plenária

Tema: O Papel da Mídia e da Pesquisa - Horário: 18h às 20h

Debatedores:

- Osvaldo Maneschy (Jornalista e coautor do livro Urna Eletrônica)

-  Continentino Porto (Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro)

Gisálio Cerqueira (Cientista Político)
Mediador: Daniel Mazola (Jornalista, 2º Secretário da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI)




sábado, 15 de setembro de 2012

Máquina municipal e a "indústria da multa"...

São 7 horas e alguns poucos minutos da manhã, num belo dia de sábado e ao caminhar pela orla do Leblon vou avistando poucos ao longo do trajeto, mas o que me toma atenção são as várias trabalhadoras coloridas pelo bronzeado do sol diário, as pernas roliças e fortes de andar na areia fofa, os rostos vincado pela vida dura e os trabalhadores, também coloridos carregando sacos e mais sacos pesados de coco verde, engradados de cerveja e de refrigerantes, produtos que guarnecem a praia nos quiosques e barracas. Vou pensando o quanto esses trabalhadores contribuem para o nosso bem estar, no local mais democrático possível, aonde todos podem usufruir independente de classe social, cor ou gênero. E, assim vou no transcorrer do caminho marítimo imaginando que nos finais de semana ensolarados são os dias de pico para as vendas, eis que tal atividade é muito sazonal. Estamos em plena primavera e o tempo começa a esquentar, sinal de que a tendência daqui em diante até o fim do verão devem faturar e garantir o sustento familiar. Penso, vida dura trabalhar debaixo do sol a pino, carregando peso, armando barraca e servindo os praianos cariocas e os turistas. 

De repente, avisto na avenida as pragas dos agentes da prefeitura, os guardinhas de chumbo do atual prefeitinho, cujo protótipo é o modelito mauricinho da zona sul pequeno-burguês, que detêm um vasta quantidade de séquitos uniformizado de guarda-municipal com desvio de suas funções legais e incompetentes em multar e trazer os caminhões-reboque, justamente rebocando a velha kombi de frete que serve aos trabalhadores dos quiosques ou das barracas. A regra é arrecadar, pois a máquina pública está eufórica com as eleições e as pesquisas já o apontam como eleito em primeiro turno. 





Noutro dia mesmo, minha mãe parou o carro, com o pisca-alerta ligado numa emergência por conta do estado da minha irmã para levá-la ao pronto socorro. Ao sair rapidamente do veículo para buscar  a  filha e ajudá-la chegar até o carro, os guardinhas de chumbinho na tocaia, imediatamente, trouxeram o reboque e levaram o meio de transporte que poderia estar salvando uma vida. Minha mãe desesperada pediu que não fizessem isso explicando a situação, mas a arrogância dos guardinhas se achando "polícia" como na famigerada ditadura civil e militar, não somente rebocaram o automóvel em questão como multaram. 

Esse é o governo municipal !!!


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Apoio ao Presidente HUGO CHÁVEZ

Por Chávez, el único que trajo dignidad y esperanza al pueblo de Venezuela.


Entrevista a Marilia Guimarães, Coordinadora Capitulo Río de Janeiro,  Red En defensa de la humanidad

El apoyo recibido desde Brasil al Llamamiento "Nuestra solidaridad con la Venezuela bolivariana", iniciativa de la Red de Intelectuales, Artistas y Luchadores Sociales en Defensa de la Humanidad, ha sido el más numeroso de todos. ¿Cómo ha logrado el Capítulo de la Red de Río de Janeiro movilizar a tantas personas de todo el país?

De hecho la Red de redes En defensa de la humanidad tiene entre sus   principios  el compromiso de defender con urgencia  la humanidad misma. En Brasil tenemos  características muy parecidas a los cubanos, sea por su idiosincrasia, sea por su  mezcla étnica, respondemos muy rápido a los llamamientos siempre y cuando sean justos y en  beneficio de la colectividad. Dentro de este  panorama   trabajamos. La red extiende sus mensajes  hacia los movimientos de solidaridad, los luchadores sociales, en las propias redes sociales y recibimos respuestas inmediatas. Así se ha hecho ahora para defender la soberanía del pueblo venezolano y su decisión de continuar apoyando  al Gobierno del Presidente Chávez.

El pueblo brasilero ha vivido un momento semejante hace 3 años, al elegir a Dilma, que daba continuidad  a la era Lula.  Como dijo nuestro querido Oscar Niemeyer - ¨el único que hizo al pueblo sonreír¨. Lo mismo podemos decir del  Presidente Hugo Chávez - el único que trajo dignidad y esperanza al pueblo de Venezuela.

¿A qué atribuye Marilia Guimaraes, luchadora comprometida con las mejores causas de nuestros pueblos, esta gran solidaridad brasileña con la Revolución Bolivariana y su presidente Chávez ?

Se lo Atribuyo a la vivencia  del pueblo brasilero que  disfruta el resultado de las políticas sociales implantadas por el Presidente Lula y su sucesora la Presidente Dilma Rousseff. Chávez  implantó cambios definitivos para el pueblo venezolano. Estas conquistas son irreversibles.  

¿Cuáles considera usted que deben ser los propósitos y ejes centrales de lucha de la Red en esta etapa crucial para Venezuela y nuestro continente en los días que se avecinan?

La red tiene una responsabilidad fundamental  en estos momentos, teniendo en cuenta  que los intelectuales, los luchadores sociales son el eje propulsor en la historia del desarrollo humano.  Tenemos por delante la tarea de no permitir que  los intereses del imperio aplasten los logros de la Revolución Bolivariana, ni la  integración  latinoamericana.  Nos cabe la misión de preservar, estimular, difundir y defender  estas conquistas.  Pueden estar seguros que lo haremos.




Marília Guimarães é Empresária, Escritora, 
Professora, participou da Luta Armada e
 é anistiada Politica.







Intelectuais brasileiros apoiam Chávez


Em entrevista ao site http://www.convenezuelabolivariana.org, a intelectual e ativista social brasileira Marilia Guimarães, coordenadora da Rede no Rio de Janeiro, diz que os brasileiros não faltarão ao sseu compromisso de preservar, estimular, difundir e defender azs conquistas da Revolução boliovariana da Venezuela.
O apoio recebido desde o Brasil ao chamamento “Nossa Solidariedade com a Venezuela bolivariana”, iniciativa da Rede de Intelectuais, Artistas e Lutadores Sociais em Defesa da Humanidade, foi o mais numeroso de todos. Como o Capítulo da Rede do Rio de Janeiro conseguiu mobilizar tantas pessoas de todo o país?
Marília Guimarães: De fato, a Rede de redes em defesa da humanidade tem entre seus princípios o compromiso de defender com urgência a própria humanidade. No Brasil temos características muito parecidas aos cubanos, seja por sua idiossincrasia, seja por sua mestiçagem étnica, respondemos muito rápidamente aos chamamentos  sempre e quando sejam justos e benéficos à coletividade. Trabalhamos dentro deste panorama. A rede estende suas mensagens aos movimentos de solidariedade, aos lutadores sociales, nas próprias redes sociais e recebemos respostas imediatas. Assim tem sido feito até agora para defender a soberania do povo venezuelano e sua decisão de continuar apoiando o governo do presidente Chávez.
O povo brasileiro viveu um momento semelhante há dois anos ao eleger Dilma, que dava continuidade à era Lula. Como disse nosso querido Oscar Niemeyer - ¨o único que fez o povo sorrir”. Podemos dizer o mesmo do presidente Hugo Chávez - o único que trouxe dignidade e esperança ao povo da Venezuela.
A que você, Marília Guimarães, lutadora comprometida com as melhores causas de nossos povos, atribuí esta grande solidariedade brasileira com a Revolução Bolivariana e seu presidente Chávez ?
Marília Guimarães: Atribuo à vivência do povo brasileiro que desfruta o resultado das políticas sociais implantadas pelo presidente Lula e sua sucesora, a presidenta Dilma Rousseff. Chávez implantou mudanças definitivas para o povo venezuelano. Estas conquistas são irreversíveis.
Quais devem ser os propósitos e eixos centrais de luta da Rede nesta etapa crucial para a Venezuela e nosso continente nlos dias que se avizinham?
Marília Guimarães: A Rede tem uma responsabilidade fundamental nestes momentos, tendo em conta que os intelectuais, os lutadores sociais são o eixo propulsor na história do desenvolvimento humano. Temos diante de nós a tarefa de não permitir que os interesses do império esmaguem as conquistas da Revolução Bolivariana, nem a integração latino-americana. Cabe a nós a missão de preservar, estimular, difundir e defender estas conquistas. Podem estar seguros de que o faremos.

domingo, 2 de setembro de 2012

Os novos arranjos familiares...


Por Erick Wilson Pereira* 

Evento  ocorrido no município paulista de Tupã teve o condão de desafiar e desassossegar parcela da população brasileira. Um homem e duas mulheres foram ao Cartório de Notas da cidade oficializar, mediante escritura pública, união afetiva que se mantém, há três anos, na mesma residência.

Há tantos modelos de relações afetivas quanto de peculiaridades da pessoa humana. Conhecimento de fácil constatação, mas que não se presta à anuência pacífica ao tratar de situações atípicas que desafiam dogmas há muito consolidados. A reformulação sócio-jurídica que as entidades familiares têm experimentado nas últimas décadas não as tornou imunes aos preconceitos e comportamentos de resistência, embora hoje se apresentem libertas das amarras da exclusividade conjugal há séculos impostas pela Igreja. 

No universo das composições de famílias, conceitos juridicamente sedimentados e a injunção da monogamia ainda exercem peso considerável na idealização e na formação dos vínculos. A extensão dos seus reflexos sociais, religiosos e jurídicos faz esquecer que o dogma da monogamia não é princípio jurídico aplicável como dever às circunstâncias eleitas pelos protagonistas que dela prescindem em entidades familiares, a exemplo do companheirismo, da simultaneidade conjugal e da união poliafetiva ou estável concomitante. 

À família contemporânea tem sido conferido status de formadora de personalidade dos seus membros, função indissociável do fundamento jurídico da dignidade da pessoa humana, e do respeito e proteção à liberdade de escolha dos cidadãos, princípios caros ao Estado democrático de direito. Portanto, a deferência ao pluralismo, uma das marcas das constituições republicanas, não permite ao Estado laico interferir na vontade de membros de entidades ou arranjos familiares que auxiliam a concretizar a norma de proteção à pessoa.  

O livre-arbítrio expresso na declaração de vontade de constituir união estável concomitante, dotada de status jurídico de sociedade patrimonial, não deveria ser motivo de celeuma em vista de não enfrentar óbices do ponto de vista da Constituição federal e do Direito Civil. Não há proibição ou sanção em expresso. E, embora o poliafeto não receba a proteção do Direito de Família – família como entidade formada por duas pessoas –, seus adeptos eventualmente poderão pleitear, na esfera cível, indenização por serviços prestados ao longo do tempo de convivência, divisão de bens em caso de separação e morte, entre outros direitos. 

A importância do pioneirismo do registro da escritura pública de união poliafetiva não se cinge apenas a destacar a possibilidade de proteção das relações não monogâmicas, mas a buscar sua inserção entre as entidades familiares acolhidas pelo ordenamento mediante solução oriunda do Judiciário ou do Legislativo. 

Antes de atirar pedras de moralismo estéril, deveríamos reexaminar nossos preconceitos e ter em mente que o ordenamento jurídico brasileiro se constituiu como instância protetora, e não censora moral das escolhas dos modelos de relações afetivas dos cidadãos. Portanto, é razoável confiar que o debate principiado acerca da inserção e das repercussões sociais de modelos familiares atípicos aponte as fronteiras que a sociedade pretende fixar em relação à proteção jurídica do Estado. Já o fez em prol da união estável e da família homoafetiva. 

Nestes tempos em que muitos recusam as diferenças ou fingem não ver o que salta aos olhos, não custa lembrar a lição do civilista francês George Ripert: “Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga, ignorando o direito”. 

* Erick Wilson Pereira é doutor em direito constitucional pela PUC/SP.

Fonte: www.jb.com.br


"O direito é a vontade, feita lei, da classe dominante, que, através de seus próprios postulados ideológicos, pretende considerá-lo como expressão aproximativa da justiça eterna." K. Marx
Em matéria publicada no JB acima postada, me veio à cabeça a hipocrisia da sociedade patriarcal, ainda carregada no falso moralismo arcaico. Relações pseudo-monogâmicas defendidas pelo sistema neo-liberal, aonde os homens são livres praticando a infidelidade, com suas amantes ou prostitutas, mantendo a mulher, "esposa", aos cuidados com a família e a preservação do patrimônio, já tem prazo de validade. Mesmo, que diante do respaldo do judiciário em desconsiderar a desigualdade de oportunidades entre os gêneros. Em que Aristóteles já preconizava que "a igualdade significa igualar os desiguais".

Casamentos nos moldes tradicionais, não existem mais e quando há, tem prazo determinado até a amante tornar-se a oficial e ocupar o lugar da mulher. Por mais que a mulher seja contribuinte para o sucesso profissional do marido, após sua ascensão econômico-financeira ele a descarta por outra mais jovem, com a devida chancela judicial. Os filhos encontram-se encaminhados e a mulher perde sua função. Assim, denunciou a famosa feminista Simone de Beauvoir em  "O Segundo Sexo"

"O corpo da mulher é um objeto que se compra; para ela, representa um capital que ela se acha autorizada a explorar."
"Quando uma mulher, durante 
dez ou vinte anos, se dedicou a um homem de corpo e alma, 
quando ele se manteve firmemente sobre o pedestal em que o 
ergueu, o abandono em que ele a deixa pode ser uma catástrofe 
fulminante."
Bem como, em "A Mulher Desiludida", a filósofa feminista aponta o desabamento da vida familiar, através da condição feminina em que de repente a mulher é abandonada pelo marido.

"Teríamos trinta ou sessenta anos? Os cabelos de André branquearam cedo; antigamente, aquilo parecia faceirice de sua parte: a neve realçando a frescura de sua tez. É ainda faceirice. A pele endureceu e fendeu-se, gretada como couro velho, mas o sorriso da boca e dos olhos guardou sua luz. Apesar dos desmentidos do álbum de fotografias, sua jovem figura se curva ante seu rosto de hoje: meu olhar não lhe reconhece idade. Uma longa vida com risos, lágrimas, cóleras, abraços, confissões, silêncios, impulsos, e parece, às vezes, que o tempo não passou. O futuro se esconde, ainda até o infinito. Levantou-se:
- Bom trabalho! - me disse.
- Para você também: bom trabalho.
Não respondeu. Nesse gênero de pesquisas, inevitavelmente, existem períodos em que se marca passo; ele se resigna menos facilmente que outrora."
"Aconteceu. Aconteceu logo a mim.
Pois bem, sim! Isto me aconteceu. É normal. Devo persuadir-me e jugular essa cólera que me sacudiu durante o dia inteiro, ontem. Maurice me mentiu sim."
Todavia, em uma das assertivas dos filósofos Karl Marx e Friedrich Engels em o famoso opúsculo do "Manifesto Comunista" de 1848, já previa os estertores da extinção da família.

"A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias.
Nossos burgueses, não contentes em ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos proletários, sem falar da prostituição oficial, têm singular prazer em cornearem-se uns aos outros.
O casamento burguês é, na realidade, a comunidade das mulheres casadas. No máximo, poderiam acusar os comunistas de querer substituir uma comunidade de mulheres, hipócrita e dissimulada, por outra que seria franca e oficial. De resto, é evidente que, com a abolição das relações de produção atuais, a comunidade das mulheres que deriva dessas relações, isto é, a prostituição oficial e não oficial, desaparecerá."
Contudo, as relações mudaram, as entidades familiares são outras, tanto que há uma insistência em oficializar as uniões informais, as quais vão desde a união estável de homoafetivos em casamento e, até mesmo a união poliafetiva. A bem da verdade, esta necessidade de oficializar relações antes consideradas clandestinas, consiste numa rebeldia aos padrões conservadores.