terça-feira, 12 de março de 2013

Só a Teologia da Libertação pode salvar a Igreja....

Uma instituição forte como a Igreja passa por uma crise jamais imaginável por seus fiéis. Dos escândalos sexuais e financeiros, o que mais poderá afetar a imagem da instituição é a pedofilia. 

 
Para isso, faz-se necessário que sejam apurados tais crimes e punidos os pedófilos para que se reinstaure seus dogmas.

Há de se considerar que a Igreja vem se afastando dos princípios fundamentais pregados pelo seu representante, Jesus Cristo, amor ao próximo e combate à injustiça. 

Cumpre ressaltar, que a linha humanista de importância significativa da Instituição é a Teologia da Libertação, cujo papel ligado a questão social foi nos anos 70 a melhor aproximação da Igreja com o povo. Defendida por Leonardo Boff, que trata-se de: 

"A Teologia da Libertação participa da profecia de Simeão a respeito do menino (Jesus): ela será motivo de queda e de elevação, será um sinal de contradição (Lc 2,34). Efetivamente a Teologia da Libertação é uma teologia incomprendida, difamada, perseguida e condenada pelos poderes deste mundo. E com razão. Os poderes da economia e do mercado a condenam porque cometeu um crime para eles intolerável: optou por aqueles que estão fora do mercado e são zeros econômicos. Os poderes eclesiásticos a condenaram por cair numa “heresia”prática ao afirmar que o pobre pode ser construtor de uma nova sociedade e também de outro modelo de Igreja. Antes de ser pobre, ele é um oprimido ao qual a Igreja deveria sempre se associar em seu processo de libertação. Isso não é politizar a fé mas praticar uma evangelilzação que inclui também o político. Consequentemente, quem toma partido pelo pobre-oprimido sofre acusações e marginalizações por parte dos poderosos seja civis, seja religiosos.
Por outro lado, a Teologia da Libertação representa uma benção e uma boa nova para os pobres. Sentem que não estão sós, encontraram aliados que assumiram sua causa e suas lutas. Lamentam que o Vaticano e boa parte dos bispos e padres construam no canteiro de seus opressores e se esquecem que Jesus foi um operário e pobre e que morreu em consequência de suas opções libertárias a partir de sua relação para com o Deus da vida que sempre escuta o grito dos oprimidos.
De qualquer forma, numa perspectiva espiritual, é para um teólogo e uma teóloga comprometidos e perseguidos uma honra participar um pouco da paixão dos maltratados deste mundo."


A título de curiosidade, a tal teologia que levou a excomunhão de Leonardo Boff, aliás pelo inquisidor da época, o cardeal Joseph Ratzinger, o então Papa Bento XVI. Agora, como Papa Benemérito, cuja renúncia deixou vazar a séria crise eclesiástica. 

Todavia, Bento XVI vem de uma linha conservadora da Igreja, assim como seu antecessor João Paulo II, cuja perseguição aos padres considerados "comunistas" resultou no afastamento da Igreja junto ao povo. Obviamente, deixando brecha para ocupação das Pentecostais que se multiplicam a cada dia. Inclusive, com representação na esfera do Legislativo e do Judiciário. 

Somente, há uma solução para Igreja reconquistar seus fiéis. A aproximação à todas as classes sociais, não precisando mais utilizar o subterfúgio de Padres cantores com ternos Armani ou missas apelativas de culto a histeria coletiva. E, esse será o grande desafio da Instituição, ou seja, renovar-se e resgatar a Teologia da Libertação que exprime melhor os mandamentos cristãos. 

2 comentários:

  1. Vaca abortista. Vai pra puta que, infelizmente, te pariu. Quanto a teologia da libertação temos que instituir é a Teologia do Trabalho pra essa vagabundagem que pulula neste país.

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    1. Lamento Sr. "Anônimo", mas considerando o Estado Democrático de Direito e, ainda Laico, não entendi seu cometário conservador, além de odioso e injurioso contra mim.

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