sábado, 15 de setembro de 2012

Máquina municipal e a "indústria da multa"...

São 7 horas e alguns poucos minutos da manhã, num belo dia de sábado e ao caminhar pela orla do Leblon vou avistando poucos ao longo do trajeto, mas o que me toma atenção são as várias trabalhadoras coloridas pelo bronzeado do sol diário, as pernas roliças e fortes de andar na areia fofa, os rostos vincado pela vida dura e os trabalhadores, também coloridos carregando sacos e mais sacos pesados de coco verde, engradados de cerveja e de refrigerantes, produtos que guarnecem a praia nos quiosques e barracas. Vou pensando o quanto esses trabalhadores contribuem para o nosso bem estar, no local mais democrático possível, aonde todos podem usufruir independente de classe social, cor ou gênero. E, assim vou no transcorrer do caminho marítimo imaginando que nos finais de semana ensolarados são os dias de pico para as vendas, eis que tal atividade é muito sazonal. Estamos em plena primavera e o tempo começa a esquentar, sinal de que a tendência daqui em diante até o fim do verão devem faturar e garantir o sustento familiar. Penso, vida dura trabalhar debaixo do sol a pino, carregando peso, armando barraca e servindo os praianos cariocas e os turistas. 

De repente, avisto na avenida as pragas dos agentes da prefeitura, os guardinhas de chumbo do atual prefeitinho, cujo protótipo é o modelito mauricinho da zona sul pequeno-burguês, que detêm um vasta quantidade de séquitos uniformizado de guarda-municipal com desvio de suas funções legais e incompetentes em multar e trazer os caminhões-reboque, justamente rebocando a velha kombi de frete que serve aos trabalhadores dos quiosques ou das barracas. A regra é arrecadar, pois a máquina pública está eufórica com as eleições e as pesquisas já o apontam como eleito em primeiro turno. 





Noutro dia mesmo, minha mãe parou o carro, com o pisca-alerta ligado numa emergência por conta do estado da minha irmã para levá-la ao pronto socorro. Ao sair rapidamente do veículo para buscar  a  filha e ajudá-la chegar até o carro, os guardinhas de chumbinho na tocaia, imediatamente, trouxeram o reboque e levaram o meio de transporte que poderia estar salvando uma vida. Minha mãe desesperada pediu que não fizessem isso explicando a situação, mas a arrogância dos guardinhas se achando "polícia" como na famigerada ditadura civil e militar, não somente rebocaram o automóvel em questão como multaram. 

Esse é o governo municipal !!!


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