sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Rumo à Cuba !!!

Diário de Viagem

1º de dezembro de 2011.

Às 6:17 horas embarco rumo ao Panamá para de lá tomar outro vôo até Havana.

Sobrevoando a Amazônia sobre um imenso tapete verde, no qual parece não acabar nunca, dá uma mistura de tédio com a ansiedade de chegar logo ao destino.



A vastidão amazônica me leva longas horas de um vôo tranqüilo, donde vislumbro teias d’água num mapa hidrográfico riquíssimo, do qual seria inimaginável durante as pesquisas nos meus anos colegiais no Atlas Geográfico.


Amazonas

Aquela imensidão verde é do meu País de origem, tão cobiçado pelos Imperialistas por suas riquezas naturais e abundantes águas doces. Chama-me a atenção a solitária casa perto da margem extensa de um rio, cuja existência nem sei se se trata do famoso Amazonas.

Já se vão mais de seis horas e ultrapassamos o misterioso Triangulo das Bermudas. Enfim, Panamá rumo à Cuba, minha Meca tão sonhada das utopias de sociedade justa e igualitária. A escala é rápida e mal pude recorrer ao banheiro do aeroporto pela extensa fila de passageiras aglomeradas pela necessidade fisiológica da urina acumulada e irrigada pelos líquidos consumidos no vôo.

Panamá

A vontade de chegar à minha Cuba querida é tão grande que o temor de perder o próximo vôo me dispersa da porta do banheiro, dirigindo-me ao portal de embarque um pouco confusa pela profusão de transeuntes de várias nacionalidades.

Então, sou recebida pelas aeromoças Panamenhas, bem maquiadas escondendo as pálpebras da pele morena mestiça, mas sem aquele glamour da minha infância  pela profissão.

Já não preocupo mais em contar às horas e procuro meu assento no avião compartilhado com alguns latinos. Surpreendo-me com alguns cubanos, no mesmo vôo, ué ?  Eles podem sair de Cuba e retornar assim, livremente ? Devem ser atletas ou artistas que não foram tomados pelo fetiche capitalista. Sorrio para alguns e percebo mulheres com cabelos bem tratados e com boas vestimentas.

Peço para ficar novamente, na janela e curiosamente vou divagando a paisagem marinha, de um tom límpido e transparente. Pois, trata-se do mar caribenho com sua beleza incontestável. Aliás, o belo sempre me parece incontestável por sua notoriedade.

Caribe

Alguém anuncia que estamos sobrevoando o as milhas cubanas e, num olhar quase sem piscar vou conferindo a entrada no território cubano. Na área rural há vários círculos em tons verdejantes, juntamente com os formatos retangulares das plantações estilo “Plantation”.


Cuba
 Logo, chego ao aeroporto José Martí em Havana e estou em solo Cubano.

José Martí Habana
O procedimento de imigração despertou-me para a educação dos funcionários, principalmente quanto a minha nacionalidade; ser brasileira provocou sorrisos e cordialidade dentre todos. Inclusive, com votos de solidariedade pela enfermidade do ex-presidente Lula. Ainda, surpreendi-me ao ser liberada pela vigilância de saúde por conta das vacinas, sem que conferisse minha declaração do nosso Ministério da Saúde. Enquanto, que os outros turistas eram rigorosamente conferidos.

Assim, dei-me conta do primeiro choque cultural, em que no nosso setor do Aeroporto Tom Jobim não desfrutei do mesmo tratamento. Tendo vista, as caras fechadas dos agentes da Polícia Federal e forma quase que grosseira da vistoria nas bagagens de mão, como se eu fosse uma possível terrorista.

No trajeto do Aeroporto ao hotel vejo uma cidade com ruas e avenidas limpas, pessoas transitando normalmente, mansões maravilhosas e o mar do Malecón. Pela da janela do 8º andar está Havana lembrando-me a nossa zona norte carioca...


Havana

Malecón

 

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